58 anos de Guamaré: Memórias por Jandir Candeas

publicado: 07/05/2020 17h39,
última modificação: 07/05/2020 17h39

Nestes 58 anos de emancipação política de Guamaré, fizemos uma viagem pela história do município com a jornalista e historiadora Jandir Candeas, que traz aqui recortes que remontam essa trajetória de lutas gloriosas.

Guamaré, 58 anos de Emancipação Política. 07 de Maio de 1962. Parece que foi ontem.

Sou feliz por ser testemunha ocular desse fato que proporcionou à nossa terra o direito de ser um Município e responsável pela sua administração. Lembro perfeitamente de todos que compareceram na solenidade de Posse. Nossos representantes locais, de todas as áreas, as senhoras, senhores, jovens e crianças. Basta ver as fotos dessa solenidade. Todos estão na minha lembrança. Era eu uma adolescente de apenas 13 anos de idade. Minha mãe, professora Luíza Cavalcante de Miranda, que na ocasião ensinava no Grupo Escolar Capitão Vicente Brito, fundado pelo Prefeito José Macedo, de Macau, a quem Guamaré pertencia como Distrito, comandava os estudantes de Guamaré, nessa solenidade.

Lembro de cada rosto de quem esteve presente. Meu pai, Manoel Lucas de Miranda, também se fez presente. Ele representou nossa Guamaré , como Vereador, na Câmara de Macau por mais de um mandato e veio também a ser Vereador na primeira Legislatura da Câmara de Guamaré. Ele viu concretizar um sonho que já era de seus antepassados, que desde a colonização, vindo como Sesmeiros para habitarem nela, lutaram pela independência e reconhecimento de nossa cidade, buscando mostrar que ela podia ser autônoma.

Em 1837, seu bisavô André de Souza Miranda, encaminhou pleito com mais de duzentas assinaturas à Assembleia Legislativa, pedindo para Guamaré ser emancipada e mostrava que a mesma tinha condições financeiras e estruturais para ser independente. Por motivos políticos, embora os Deputados reconhecessem, foi indeferido.

Assim cresci, ouvindo meus pais falarem sobre o passado de Guamaré, de seus habitantes, quase todos parentes, pois somos uma grande família, da qual tenho orgulho de pertencer. Cada conterrâneo, tem um pouco da nossa ancestralidade a quem respeito e procuro elevar seus feitos. Essa é minha luta e responsabilidade. Em nome dos que lutaram pela nossa terra para que hoje pudéssemos ser o que somos, dedico meu respeito.

Hoje vivemos uma fase preocupante mundial, a qual envolve saúde e economia, mas Deus está preparando dias melhores e tudo voltará ao normal.

Parabéns, Guamaré. Abraços a todos os conterrâneos. Sucesso!

Jandir Candeas